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May 02, 2024

O QUE O BRASIL PRECISA?

Não de muito: um período geológico e um elemento químico batizados em referência ao nosso país, armas nucleares e bases militares no exterior.

PERIODO GEOLÓGICO

Nenhum período geológico, até nível de series, tem nome dado em referência a Brasil ou um elemento seu.

Os nomes das eras geológicas têm origens variadas, muitas vezes derivadas de características geológicas significativas ou de locais onde foram inicialmente identificadas. Todos são nomes de radicais gregos exceto Pré-Cambriano, pois Cambria era um nome antigo para atual Gales. Dos 12 períodos dentro das eras, todos se baseiam em nomes de objetos ou termos genéricos, exceto os citados a seguir.

Cambriano: Este período foi nomeado após Cambria, o nome latino para Gales.

Ordoviciano: O nome vem da tribo Ordovices, uma tribo celta que habitava a região de Gales.

Siluriano: Nomeado após os Silures, uma antiga tribo celta que habitava a região central do País de Gales.

Devoniano: Derivado da região de Devonshire, na Inglaterra.

Permiano: Nomeado após a província de Perm, na Rússia.

Jurássico: Nomeado após a região de Jura, nos Alpes franceses.

No estágio inferior - séries - há varias referências a regiões de vários países do mundo, com destaque para EUA (3), China (3), Rússia (1), entre outros. Não há referência a nenhum país da América Latina nem África. Para listagem completa destes períodos, veja Wikipedia/Geologic Time Scale.

QUADRO DOS PRINCIPAIS PERÍODOS GEOLÓCIGAS ATÉ NÍVEL DE ERA

ELEMENTO QUIMICO

Os nomes dos elementos químicos podem ser atribuídos de várias maneiras, mas geralmente seguem certas convenções e padrões estabelecidos pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) e pela comunidade científica internacional. Aqui está uma lista dos elementos químicos batizados em referência a entes geográficos (Superinteressante, 2023) - nenhum faz referência ao Brasil.

Magnesio (Magnesia, Grécia)

Escândio (Escandinávia, Europe)

Manganês (também Magnesia, Grécia)

Cobre (Chipre)

Gálio (Gália, França)

Germânio (Alemanha)

Estrôncio (Vila de Strontian, na Escócia)

Ítrio (Cidade de Ytterby, na Suécia)

Rutênio (Ruthenia, antigo nome das terras da Rússia)

Samário (deriva do mineral samarskita, batizado em homenagem ao geólogo russo Vassili Samarsky-Bykhovets)

Európio (Europa)

Gadolínio (de gadolinita, batizado em homenagem ao cientista nórdico Johan Gadolin)

Térbio (Ytterby, na Suécia)

Holmio (Holmia, antigo nome da cidade de Estocolmo)

Érbio (Ytterby, na Suécia)

Túlio (Thule, antigo termo usado para se referir à Escandinávia)

Itérbio (Ytterby, na Suécia)

Lutécio (Lutetia, antigo nome romano da cidade de Paris)

Háfnio (Háfnia, o antigo nome da cidade de Copenhague)

Rênio (Rio Reno, que cruza a Alemanha)

Polônio (Polônia, terra natal de Marie Curie)

Frâncio (França)

Amerício (America)

Cúrio (Marie Curie (1867 – 1934) e Pierre Curie (1859 – 1906), químicos poloneses)

Berquélio (Berkeley, EUA)

Californio (Califórnia, EUA)

Einstênio (Albert Einstein, físico alemão)

Férmio (Enrico Fermi, físico italiano)

Mendelévio (Dmitri Mendeleev, físico russo)

Nobélio (Alfred Nobel, químico e engenheiro sueco)

Laurêncio (Ernest Lawrence, físico estadunidense)

Ruthefordio (Ernest Rutherford, físico neozelandes)

Dubnio (Dubna, Rússia)

Seabórgio (Glenn Theodore Seaborg, químico estadunidense)

Bohrio (Niels Bohr, físico dinamarquês)

Hássio (Hasse, na Alemanha)

Meitnério (Lise Meitner, física austríaca)

Damstádio (Darmstadt, na Alemanha)

Roentgenio (Wilhelm Röntgen, físico alemão)

Copernício (Nicolau Copérnico, estudioso polonês)

Nihonio (Japão)

Fleróvio (Georgy Flyorov, físico soviético/russo)

Moscóvio (Moscou, Rússia)

Livermório (Lawrence Livermore National Laboratory, laboratório da Califórnia)

Tenessino (Tennessee, EUA)

Oganessônio (Yuri Oganessian, físico soviético/russo)

De todos estes registros, os únicos que não fezem refewrência a países inteiramente europeus ou pesquisadores seus são 17: Cobre, Rutênio, Samário, Amerício, Berquélio, Califórnio, Mendelévio, Laurêncio, Rutherfordio, Dubnio, Seabórgio, Nihonio, Fleróvio, Moscóvio, Livermório, Tenessino e Oganessônio - destes, seis são referência aos EUA (2 estados, 1 cidade, 1 instituto, 2 pesquisadores), sete em referência a Rússia (1 nome genérico, 4 pesquisadores e 2 cidades), e Chipre, Nova Zealândia, Japão e América como um todo, uma referência cada.

ARMA NUCLEAR

Países com armas nucleares detêm um poder estratégico significativo no cenário global. Ter um arsenal nuclear confere a esses países uma posição de influência e dissuasão, principalmente em termos de segurança nacional e geopolítica. Aqui estão algumas razões para a importância das armas nucleares para um país:

1. Dissuasão de Agressão: As armas nucleares servem como um poderoso elemento dissuasório contra agressores potenciais. A ameaça de retaliação nuclear pode desencorajar outros países de lançar ataques contra um país nuclear.

2. Segurança Nacional: O arsenal nuclear fortalece a segurança nacional de um país, garantindo sua capacidade de resposta a qualquer ameaça existencial. Isso cria uma espécie de "guarda-chuva nuclear" para proteger o país contra ameaças externas.

3. Influência Global: Possuir armas nucleares confere prestígio e influência no cenário global. Isso pode ser utilizado como moeda de troca em negociações diplomáticas e como uma forma de afirmação de poder.

4. Equilíbrio de Poder: A posse de armas nucleares por vários países contribui para um equilíbrio de poder, desencorajando conflitos diretos entre grandes potências e promovendo a estabilidade global.

Atualmente, os principais países com arsenais nucleares são: Rússia (5889), Estados Unidos (5224), China (410), França (290), Reino Unido (225), Paquistão (170), Índia (164), Israel (unknown) e Coreia do Norte (embora não oficialmente reconhecida por todos os países).

PAÍSES QUE TEM ARMAS NUCLEARES, E PAÍSES QUE AS ABRIGAM EM SEU TERRITÓRIO (EM INGLÊS)

BASE MILITAR ESTRANGEIRA

A instalação de bases militares no exterior permite a um país projetar poder, por exemplo, para conduzir guerra expedicionária e, assim, influenciar eventos no exterior. Dependendo de seu tamanho e infraestrutura, elas podem ser usadas como áreas de preparação ou para suporte logístico, de comunicações e de inteligência. Muitos conflitos ao longo da história moderna resultaram na instalação de bases militares no exterior em grande número por parte das potências mundiais; e essas bases têm ajudado os países que as estabeleceram a alcançar objetivos políticos e militares.

Ao todo no mundo, 18 países projetam poder com presenças militares articuladas fora de seu território (Wikipedia). Todos os países que tem bases fora do seu território são da Eurásia exceto EUA e Austrália. Por outro lado, nas Américas, apenas os EUA posseum base fora do país, e os únicos que tem bases em seu território são Cuba (China e EUA um cada), Bahamas (EUA), Belize (Reino Unido), Honduras (EUA) e Antilhas Holandesas (EUA e Neterlands 1 cada).

TODAS AS RELAÇÕES ENTRE PAÍSES COM BASES EM OUTRO PAÍS, COM EXCEÇÃO DAS RELAÇÕES DAS BASES DOS EUA NA EUROPA E ORIENTE MÉDIO

September 29, 2023

NOTES ON FLORA OF PARAGUAY AND URUGUAY

According to the data provided by this blog, Paraguay and Uruguay have 63 genera of angiosperms absent in Brazil across 31 families, 30 of the genera only in Paraguay, 25 only in Uruguay and 8 in both. Furthermore, 4 of the families do not occur in Brazil: Montiaceae, Polemoniaceae, Frankeniaceae e Papaveraceae.

September 28, 2023

NOTES ON FLORA OF GUIANAS

The three Guyana countries together have 64 genera that do not occur in Brazil. None represent an absent family in Brazil; for very detailed maps off all most important sites of botanic collections in Guyana, see Hoffman (Smithsonian Plant Collection, 2014); endemic genera marked in bold.

GUYANA (51)Brasenia (Cabombaceae), Chlorocardium (Lauraceae), Jasarum (Araceae), Chaubardiella, Sievekingia, Gomphihis, Eloyella, Oliveriana, Teuscheria (Orchidaceae), Potarophyton, Windsorina (Rapateaceae), Rhynchocladium (Cyperaceae, GBIF), Lutheria (Bromeliaceae), Phragmites (Poaceae), Maburea (Erythropalaceae), Whittonia (Peridiscaceae), Ceratostema (Ericaceae), Chorisepalum, Enicostema, Rogersonanthus (Gentianaceae), Didymochlamys, Duidania, Etericius, Erithalis, MaguireothamnusPteridocalix, Wittmackanthus, Merumea (Rubiaceae), Christopheria, Lampadaria, Pagothyra, Roogeton, Kohleria, Crantzia (Gesneriaceae), Condylidium, Quelchia (Asteraceae), Pseudanamomis (Myrtaceae), Maguireanthus, Ochthephilus (GBIF), Boyania, Phainatha, Tryssophytum, Pterogastra (Melastomataceae), Loxopterigyum (Anacardiaceae), Pakaraimaea (Cistaceae), Guaiacum (Zygophyllaceae), Dystovomita, Thysanostemon (Clusiaceae, GBIF), Pibiria (Passifloraceae, SEE), Neosprucea (Salicaceae), Senefelderopsis (Euphorbiaceae).

SURINAME (16)Chlorocardium (Lauraceae), Teuscheria, Chamelophyton, Degranvillea, ChaubardiellaSievekingia (Orchidaceae), Lutheria (Bromeliaceae), Phragmites (Poaceae), Buxus (Buxaceae, GBIF), Chorisepalum (Gentianaceae), Kohleria, Lembocarpus, Pagothyra (Gesneriaceae), Megaskepasma (Acanthaceae), Loxopterigyum (Anacardiaceae), Guaiacum (Zygophyllaceae).

FRENCH GUIANA (19)Brasenia (Cabombacae), Asterogyne (Arecaceae), Chamelophyton, Degranvillea, Spiranthes, Chauberadiella, Sievekingia (Orchidaceae), Lutheria (Bromeliaceae), Phragmites (Poaceae), Garciemoriana (Apocynaceae), Christopheria, Cremersia, Pagothyra, Kohleria, Lembocarpus (Gesneriaceae), Russelia (Plantaginaceae), Loxopterigyum (Anacardiaceae), Amyris (Rutaceae), Hekkingia (Violaceae).

DISTRIBUTION OF SOME GUIANIAN GENERA ABSENTS IN BRAZIL

GUYANA/SURINAME (3)Chlorocardium (Lauraceae), Chorisepalum (Gentianaceae), Guaiacum (Zygophyllaceae).

GUYANA/FRENCH GUIANA (2 Brasenia (Cabombaceae), Christopheria (Gesneriaceae).

SURINAME/FRENCH GUIANA (3)ChamelophytonDegranvillea (Orchidaceae), Lembocarpus (Gesneriaceae).

GU/SR/FG (7)ChauberadiellaSievekingia (Orchidaceae), Lutheria (Bromeliaceae), Phragmites (Poaceae), Kohleria, Pagothyra (Gesneriaceae), Loxopterygium (Anacardiaceae).

December 02, 2022

MÚSICA EM VÍDEOS (1)

Carlos Rilmar/Terreal, 1995


Pepeu Gomes/Xou da Xuxa, 1993

November 01, 2022

NOT SO FAR

Below are the most distant points from Brazil in the territories of Guyana, Paraguay and Uruguay. None of them exceeds 500 km. In the Guianas, the furthest point is in the north of Suriname and is no more than 382 km from Brazil at the height of N Pará. In Paraguay, the furthest point is in the westermost point of country and is no more than 477 km from Brazil at the height of Mato Grosso do Sul. In Uruguay, the furthest point is in southern extreme of country and is no more than 412 km from Brazil at a point in SE Rio Grande do Sul state.

October 17, 2022

OS BANDEIRANTES DO BRASIL

Demonizados por uns, idolatrados por outros, os bandeirantes foram essenciais para a construção do espaço geográfico brasileiro. Houveram várias dezenas de homens auto-intitulados ou classificados como tais, como escravocratas, exploradores, sertanistas, aventureiros, a grande maioria da região de São Paulo, mas alguns de outras partes da colônia, e tantos outros de Portugal. Abaixo, os 6 maiores bandeirantes de todos os tempos, na perspectiva do Vox Hub.


Fica aqui um registro deste controverso grupo, e num blog que enfatiza muito da geografia moderna brasileira, um reconhecimento do legado deste homens para a construção do Brasil como conhecemos.

October 12, 2022

EXPANSÃO TERRITORIAL DO BRASIL

Um sumário detalhado de todoas as ocorrências no mapa do Brasil desde a chegada dos europeus. Foram 12 tratados (Tordesinhas, Lisboa, Utretch I, Utretch II, Lisboa, Madrid, Santo Idelfonso, El Pardo, Badajóz, Viena, Rio de Janeiro e Ayacucho), 8 badneirantes citados (Antônio Macedo, Domingos Luís Grau, Nicolau Barreiro, Manuel Preto, Belchior Dias Carneiro, Bartholomeu Bueno da Silva, Raposo Tavares e Jacques Félix) e 4 metrópoles na disputa: Portugal, Espanha, Holanda e França.

1500

1534 - formação das capitanias hereditárias delimitadas pelo Tratado de Tordesilhas.

1555 - invasão francesa no Rio de Janeiro: França Antártida.

1556 - criação da Capitania de Itaparica, a partir da Bahia de Todos os Santos.

1566 - criação da Capitania de Paraguaçu, a partir da Bahia de Todos os Santos.

1567 - criação da Capitania do Rio de Janeiro, a partir da do setor norte de São Vicente.

1572 - divisão das colônias portuguesas em setor norte e sul (Maranhão e Brasil).

1574 - criação da Capitania da Paraíba, a partir da de Itamaracá.

1575 - expulsão dos franceses do Rio de Janeiro.

1580 - a coroa portuguesa e espanhola são unificadas: União Ibérica põe fim no Tratado de Tordesilhas.

1590 - criação da Capitania do Sergipe del-Rei, a partir da Bahia de Todos os Santos.

1593 - bandeira de Antônio Macedo e Domingos Luís Grau, de São Vicente, percorre a margem leste do Rio Tocantins até a área atual do estado de mesmo nome. Por causa dessa exploração, que definiu o alcance vicentino, o limite das demais capitanias poderia ser traçado até ela, ao menos em termos de reivindicação.

1599 - as capitanias do Maranhão, Ceará e Rio Grande são unificadas como Capitania do Rio Grande. "Paulistas", em terras de Santo Amaro, exploram a margem esquerda do Rio Tietê, a partir da cidade de Itavuvu (futuramente Sorocaba).

1600

1602 - bandeira de Nicolau Barreiro atinge o Rio Paraná, o Rio Paraguai e terras da atual Bolívia.

1607 - bandeira de Manuel Preto e de Belchior Dias Carneiro exploram o Sul do Brasil.

1611 - criação da Capitania do Siará a partir da do Rio Grande.

1612 - invasão francesa no Maranhão, na Capitania do Siará: França Equinocial. Os franceses, de fato, exploraram a área até o Rio Tocantins, no Sul.

1616 - expulsão dos franceses. Criação da Capitania do Maranhão e da Capitania do Grão-Pará.

1619 - extinção da Capitania de São Tomé, incorporada pela Capitania do Rio de Janeiro.

1621 - criação do Estado do Maranhão, composto pelas Capitanias do Siará, do Maranhão e do Grão-Pará. Criadas também as "sub-capitanias" do Mearim e do Itapicuru, na Capitania do Maranhão. Entradas de Bento Maciel Parente, pelo Rio Xingu, de Francisco de Azevedo, pelos sertões do Turi e do Gurupi, expandem o território do Grão-Pará.

1622 - entrada de Luiz Aranha de Vasconcelos explora o sul do atual Amapá, ampliando os domínios da Capitania do Grão-Pará.

1624 - criação da "sub-capitania" do Cumã. A Capitania de São Vicente incorpora a de Santo Amaro e a de Santana. Alijada do controle da Capitania de São Vicente, a Condessa do Vimieiro, Mariana de Souza Guerra, estabelece a Capitania de Itanhaém. Há entendimentos que São Vicente e Itanhaém foram uma mesma capitania. 

1630 - invasão holandesa na Capitania de Pernambuco.

1632 - bandeira de Bartholomeu Bueno da Silva desbrava a região do Triângulo Mineiro e margem esquerda do Rio São Francisco. Bandeiras de Raposo Tavares e Manuel Preto conquistam o "Mato Grosso do Sul", destruindo missões espanholas. O Grão-Pará domina a margem direita do Rio Xingu.

1633 - criação das "sub-capitanias" do Gurupá e do Cametá, na Capitania do Grão-Pará. Bandeira de Raposo Tavares invade a zona costeira do "Rio Grande do Sul".

1634 - holandeses tomam as capitanias do Rio Grande e da Paraíba. Criação da "sub-capitania" do Caeté, entre o Grão-Pará e o Maranhão. Bandeirantes vicentinos exploram o "Mato Grosso".

1635 - holandeses invadem a Capitania do Siará. Com a instituição da Freguesia de Ubatuba, a Capitania de Itanhaém avança no Vale do Paraíba. A região de Angra dos Reis e Paraty são assumidas por São Vicente (ou mesmo Itanhaém).

1637 - holandeses conquistam a Capitania do Sergipe del-Rei. Criação da "sub-capitania" do Cabo Norte, no Grão-Pará (atual Amapá). A entrada de Pedro Teixeira explora a região amazônica quase que inteira, funda Franciscana na altura do Peru, e declara as terras propriedades do Estado do Maranhão.

1638 - a República do Guairá (atual Oeste Paranaense), composta de espanhóis, jesuítas e índios, é destruída pela Bandeira de Raposo Tavares, e a região é incorporada à São Vicente. Outras missões, ao sul, também são destruídas e incorporadas.

1640 - fim da União Ibérica (ao menos, por parte dos portugueses).

1641 - holandeses invadem a Capitania do Maranhão e dominam a costa da região até a foz do Rio Mearim.

1644 - holandeses são expulsos da costa do Maranhão.

1645 - criação da "sub-capitania" de Vigia, no Grão-Pará.

1648 - bandeira de Jacques Félix, que adentrou em "Minas Gerais" em 1946, partindo de Taubaté, toma as regiões nunca exploradas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro para a Capitania de Itanhaém. Recriadas as "sub-capitanias" de Cumã, Mearim e Itapicuru, no Maranhão.

1652 -o Estado do Maranhão é dissolvido. Bandeira de Raposo Tavares, que viajara às terras do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bolívia, Peru (chegou ao Pacífico) e Amazônia (foz do Amazonas), retorna a São Paulo e acrescenta a região de Rondônia à São Vicente.

1654 - holandeses são expulsos do nordeste brasileiro. É formado o Estado do Maranhão e Grão-Pará. São recriadas as capitanias de Pernambuco, Itamaracá e Rio Grande. Paraíba é uma capitania subalterna à Pernambuco e Ceará subalterna ao Maranhão

1656 - criação da Capitania de Paranaguá, ao sul do Rio Paranapanema.

1659 - a Capitânia do Ceará (e a região praticamente inexplorada do Piauí) passam para o controle da Capitania de Pernambuco. O Piauí será explorado por Domingos Jorge Velho, em 1671, sob essa gestão.

1665 - criação da Capitania de Ilha Grande de Joanes, atual Ilha do Marajó, no Grão-Pará.

1667 - sob ordens do governador de Pernambuco, exploradores e colonos, como Mafrense, Julião Afonso Serra e outros se assentam em Oeiras, até então em área cearense, expandindo o domínio pernambucano do Rio Parnaíba até a Serra do Araripe.

1674 - criação da Capitania do Paraíba do Sul, também conhecida como Capitania de Campos dos Goytacazes, atual região norte do Estado do Rio de Janeiro.

1679 - praticamente toda a Capitania de Itanhaém é incorporada pela de São Vicente. Apenas a cidade originária mantém o "status" de capitania - e até sobre isso há controvérsias.

1680 - fundação da Colônia do Sacramento, no Rio da Prata.

1680 - cs espanhóis retomam as terras de Sacramento.

1681 - Tratado de Lisboa: Os portugueses reconquistam Sacramento.

1685 - criação da "sub-capitania" do Xingu e extinção da "sub-capitania" de Vigia, ambas no Grão-Pará.

1691 - criação da "sub-capitania" do Icatu, no Maranhão.

1696 - Pernambuco avança em terras do Ceará com a ocupação da região de Campo Maior.

1697 - invasão francesa nas terras da "sub-capitania" do Cabo Norte, que perde a região compreendida entre o Rio Oiapoque e o Rio Araguari.

1699 - Pernambuco avança sobre o Ceará ocupando a região de Parnaíba.

1700

1701 - a Capitania do Rio Grande perde autonomia e passa a ser controlada pela Capitania de Pernambuco.

1705 - os espanhóis mais uma vez tomam a Colônia do Sacramento.

1709 - após a Guerra dos Emboabas, a Capitania de São Vicente engloba a do Paranaguá e se torna a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro (auge da expansão bandeirante, agora paulista).

1713 - I Tratado de Utrecht: O Grão-Pará reconquista o território do norte do Amapá junto aos franceses.

1715 - II Tratado de Utrecht: Colônia do Sacramento é reconquistada pelos portugueses. A Capitania do Maranhão engloba as terras do futuro Estado do Piauí.

1718 - criação da Capitania do Piauí, no Estado do Maranhão e Grão-Pará.

1720 - a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro é dividida em São Paulo e Minas Gerais.

1732 - a Capitania do Paraguaçu é convertida em Capitania do Recôncavo Baiano.

1738 - criação da Capitania de Santa Catarina, destacada de São Paulo e subordinada diretamente à Capitânia do Rio de Janeiro.

1748 - criação da Capitania do Mato Grosso e da Capitania de Goiás, de terras antes de São Paulo. A Capitania de São Paulo é extinta, incorporada pela do Rio de Janeiro.

1750 - Tratado de Madrid (primeiro tratado internacional de reconhecimento de fronteiras do Brasil, após o fim da União Ibérica) concede terras ocupadas por portugueses na Amazônia, como também cede os Sete Povos das Missões e terras dos pampas gaúchos ao Brasil. Extinção da Capitania do Paraíba do Sul, incorporada pela do Rio de Janeiro.

1751 - o Estado do Maranhão e Grão-Pará muda de nome. Agora, Estado do Grão-Pará e Maranhão, com transferência de capital para Belém.

1753 - as "sub-capitanias" do Grão-Pará e Maranhão são extintas, com exceção da de Ilha Grande e de Cametá. A Capitania da Paraíba também chega ao fim, incorporada totalmente pela de Pernambuco. As terras da antiga Capitania do Paraíba do Sul passam a fazer parte da do Espírito Santo.

1754 - extinção das "sub-capitanias" de Ilha Grande e do Cametá. A Capitania de Itamaracá perde a autonomia e passa a ser comandada pela de Pernambuco.

1755 - criação da Capitania do Rio Negro, no atual Amazonas.

1757 - a região de Minas Novas deixa a Capitania de Porto Seguro e passa a ser controlada pela Capitania de Minas Gerais.

1760 - criação da Capitania do Rio Grande de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, subalterna à Capitania do Rio de Janeiro.

1761 - Tratado de El Pardo: Os portugueses devolvem os Sete Povos das Missões após a Guerra Guaranítica em troca da posse da Colônia do Sacramento e terras ao norte da Amazônia. As capitanias de Ilhéus e de Porto Seguro são extintas, incorporadas à da Bahia.

1762 - os espanhóis não se importam com o tratado do ano anterior e reconquistam Sacramento.

1763 - os portugueses investem novamente e retomam a Colônia do Sacramento dos espanhóis. A Capitania de Itamaracá é extinta, absorvida totalmente pela de Pernambuco.

1764 - a Capitania de Minas Gerais incorpora terras do atual Estado de São Paulo à oeste do Rio Sapucaí e Rio Grande.

1765 - a Capitania de São Paulo é recriada, obtendo a autonomia perdida para o Rio de Janeiro. A Capitania de Minas Gerais passa a controlar a região de Paracatu (noroeste do atual estado) provavelmente a partir dessa data (a transição não tem data certa conhecida, mas é sabido que, em 1798, Paracatu se emancipou de Sabará, cidade mineira)..

1766 - a Capitania do Recôncavo Baiano é extinta, incorporada pela da Bahia.

1772 - o Estado do Grão-Pará e Maranhão é dividido em dois: Estado do Grão-Pará e Rio Negro e Estado do Maranhão e Piauí, com essas respectivas capitanias.

1774 - ambos os estados recém-criados mudam de nome: Estado do Grão-Pará e Estado do Maranhão. As capitanias perdem autonomia.

1777 - espanhóis invadem e conquistam, primeiro a ilha da atual Florianópolis, e depois toda a Capitania de Santa Catarina.

1777 - Tratado de Santo Idelfonso: confirmação das fronteiras do norte e cessão das Missões, dos Pampas e de Sacramento aos Espanhóis, em troca do retorno de Santa Catarina aos portugueses, no ano seguinte.

1778 - Tratado de El Pardo: A Capitania do Rio Grande de São Pedro readquire as terras dos pampas gaúchos, cedidas no ano anterior. A Capitania de Santa Catarina é retornada aos portugueses

1793 - extinção da Capitania da Ilha de Itaparica, incorporada pela Capitania da Bahia.

1799 - as Capitanias do Ceará, Rio Grande e Paraíba são recriadas ou readquirem a autonomia.

1800

1800 - a Capitania do Espírito Santo perde autonomia e passa a ser comandada pela Capitania da Bahia.

1801 - Tratado de Badajoz: os franceses adquirem o território do atual Amapá até o Rio Araguari.

1804 - a Capitania do Rio Grande de São Pedro incorpora, de vez, as terras das Missões e áreas ao sul até o Rio Uruguai.

1807 - a Capitania do Rio Grande de São Pedro se torna a Capitania do Rio Grande do Sul e controla também a Capitania de Santa Catarina. A Capitania do Rio Grande se torna a Capitania do Rio Grande do Norte.

1808 - o Grão-Pará reincorpora territórios no Amapá até o Rio Oiapoque e a área norte de Goiás se torna a Capitania de São João das Duas Barras.

1809 - o Brasil invade a Guiana Francesa e estabelece a Colônia de Caiena e Guiana.

1810 - a Capitania do Espírito Santo recupera a autonomia perdida para a da Bahia.

1811 - o Estado do Maranhão é dissolvido e as Capitanias do Maranhão e Piauí recuperam autonomia.

1814 - a Capitania de São João das Duas Barras é extinta e reincorporada à Goiás (e Grão-Pará e Mato Grosso).

1816 - Goiás perde áreas que são incorporadas pelo Mato Grosso e por Minas Gerais (Triângulo Mineiro).

1817 - Tratado de Viena: O Brasil devolve Caiena aos franceses. Criação da Capitania de Alagoas a partir de terras de Pernambuco.

1820 - a Capitania de Sergipe é criada a partir de terras da Bahia.

1821 - o Brasil incorpora a Cisplatina, ao sul. O Estado do Grão-Pará é dissolvido, tornando-se uma única entidade. Santa Catarina obtém a autonomia do Rio Grande do Sul.

1821 - por um breve período, é proclamada a Capitania de São João da Palma, na área do atual Tocantins e adjacências. Todas as capitanias se toram províncias.

1822 - São João da Palma é extinta e a área é incorporada por Goiás (Grão-Pará e Mato Grosso também).

1824 - após a revolta da Confederação do Equador, Pernambuco é punido com a perda dos territórios da margem oeste do Rio São Francisco para a Província de Minas Gerais.

1827 - a Província da Bahia incorpora boa parte dos territórios da margem oeste do Rio São Francisco (futura Comarca do São Francisco).

1828 - Tratado do Rio de Janeiro: A Província Cisplatina obtém a independência como República Oriental do Uruguai.

1832 - a Província do Rio de Janeiro obtém, do Espírito Santo, a região norte do atual estado carioca.

1834 - criação do Município Neutro do Rio de Janeiro, dentro da Província do Rio de Janeiro.

1836 - Revolução Farroupilha, o Rio Grande do Sul se proclama independente. Isto não quer dizer que o Brasil tenha reconhecido essa independência. 

1839 - República Juliana, Santa Catarina se proclama independente. Isto não quer dizer que o Brasil tenha reconhecido essa independência.

1839 - Santa Catarina é reincorporada pelo Brasil como uma província.

1840 - Rio Grande do Sul é reincorporado pelo Brasil como uma província.

1850 - a Província do Grão-Pará se reparte em Província do Amazonas e Província do Pará.

1853 - a Província do Paraná é criada ao sul da Província de São Paulo.

1867 - Tratado de Ayacucho: Brasil reconhece o Acre como terra boliviana e em troca recebe o sudoeste do Amazonas e áreas fronteiriças no Mato Grosso. Sobre o Oeste Catarinense: constam mapas como sendo terra paranaense até 1866 e catarinense já em 1878. Na verdade, a região se encontrava em litígio, cada estado considerava seu (até a Argentina reivindicava o local), até o fim da Guerra do Contestado, em 1916.

1870 - com o fim da Guerra do Paraguai, o Brasil incorpora o Itatim paraguaio, no atual Mato Grosso do Sul. A região de Luis Correia deixa o Piauí e passa ao território do Ceará.

1872 - .fronteiras de Mato Grosso/Goiás, Minas Gerais/Espírito Santo; e Mato Grosso/Pará/Amazonas atualizadas de acordo com o IBGE.

1880 - a região de Crateús deixa o Piauí e adentra ao Ceará e a área de Luís Correia deixa o Ceará e volta ao Piauí.

1886 - o Brasil perde a zona norte do atual Amapá com a proclamação da República de Cunani.

1887 - o Brasil recupera a zona norte do atual Amapá.

1889 - o Município Neutro do Rio de Janeiro se torna o Distrito Federal com a proclamação da República do Brasil.

1895 - a França invade a área norte do atual Amapá para por fim a República de Cunani. A arbitragem norte-americana decide que a região do Contestado Catarinense é Brasileira (desde a queda de Guairá, sempre foi, apesar do litígio).

1900

1900 - arbitragem suíça decide que a área norte do atual Amapá é brasileira.

1903 - o Acre é incorporado pelo Brasil como um território federal.

1911 - a região do Alto Araguaia agora é parte do Mato Grosso (a data de transferência é incerta).

1916 - a região do Contestado Paranaense/Catarinense passa a ser, definitivamente, de Santa Catarina.

1943 - por causa da Segunda Guerra Mundial são criados os territórios do Amapá, Rio Branco (atual Roraima), Guaporé (atual Rondônia), Ponta Porã (sul do Mato Grosso) e Iguaçu (Oeste do Paraná e Santa Catarina).

1946 - os territórios de Ponta Porã e Iguaçu são extintos, reincorporado aos estados de origem.

1948 - o litígio fronteiriço entre Minas Gerais e Espírito Santo se agrava e eclode um confronto militar.

1956 - o Território do Guaporé se torna o Território de Rondônia.

1960 - criação do atual Distrito Federal. O antigo se torna o Estado da Guanabara.

1962 - Acre e Amapá deixam a condição de territórios e se tornam estados. O Território de Rio Branco se torna o Território de Roraima.

1963 - fim do litígio fronteiriço entre Minas Gerais e Espírito Santo.

1975 - o Estado da Guanabara é extinto e incorporado pelo Estado do Rio de Janeiro (lei aprovada em 1974).

1979 - criação do Estado do Mato Grosso do Sul a partir do Mato Grosso (lei aprovada em 1977).

1981 - o Território de Rondônia se torna o Estado de Rondônia.

1988 - o Território de Roraima se torna o Estado de Roraima. Criado o Estado do Tocantins.

October 11, 2022

NÁDEGAS A DECLARAR

Eis que se encontra na internet (VEJA LINK COMPLETO), em um artigo de opinão postado em 06/10/2021:

"(...) O Brasil é um caso perdido porque os brasileiros, em sua ampla maioria, são um caso perdido. É uma gente, via de regra, infelizmente, tosca, completamente ignorante, despolitizada, desinteressada, intelectualmente preguiçosa e, sim!, leniente com crimes e criminosos, e cúmplice de políticos bandidos.

Claro. Eu conheço as razões de tudo isso: falta de escolaridade, pobreza extrema, etc. Compreendo muito bem a situação de quem trabalha, de sol a sol, e mal consegue sobreviver. O que escrevo acima não é uma condenação ou crítica, mas a nua e crua constatação dos fatos e da realidade nacional. (...)".

Nádegas a declarar.

October 06, 2022

ELEIÇÕES 2022

Um pouco dos números das eleições 2022.


August 13, 2022

QUAL O VOLUME DA LAGOA JUPARANÃ?

Durante uma revisão sobre as mais importantes lagoas do Brasil, no âmbito do projeto Brazil 2.0, não foi encontrado nenhum artigo acadêmico que respondesse com clareza qual a mais volumosa lagoa do país. Com números imensos, a Lagoa Mirim se tornou a opção mais provável (IPH, 1998). Contudo, uma página da Prefeitura de Linhares, Espírito Santo (VER), afirmava que a belíssima e incrível Lagoa Juparanã, que fica no município, era a mais volumosa do Brasil. Desconfiando da afirmação, e diante da ausência de uma informação clara sobre o assunto, o Vox Hub resolveu estimar o volume da lagoa, usando um princípio matemático de proporcionalidade.


Tomemos no cálculo de profundidade média a mesma proporção que a profundidade média do Lago Palmas (21,4m, outro lago de Linhares, vizinho a Juparanã) tem de sua profundidade máxima (50,7m), com dados coletados de Barroso et al. (Plos One, 2014); esta relação é 0,42209, que, levada à profundidade máxima estimada de 20,0m, temos 8,44m de profundidade média na Lagoa Juparanã.

Com uma área de 68,58 km² (Amorim Gonçalves, Dissetação, 2015) e esta profundidade média de 8,44 m, a lagoa Juparanã tem apenas 0,5281 km³ de volume, sendo praticamente 32 menos volumosa que a Lagoa Mirim, porém cerca de 2,5 mais volumosa que o Lago Palmas (Barroso et al. 2014).

Portanto, é falsa a afirmação que a Lagoa Juparanã é a mais volumosa do Brasil - na verdade é a 2ª, sendo a Lagoa Mirim a primeira.

February 09, 2022

BRASIL, ARGENTINA, RÚSSIA E CHINA

O mundo se polariza. De um lado o Ocidente, com os EUA e seus vassalos rastejantes: Reino Unido, UE, Canadá, Austrália e Japão; e do outro as potência nucleares altaicas, China e Rússia, associados a uma turma bem indesejável: Iran, Cuba, Nicarágua, Síria e Venezuela.

Pauta bastante presentes nos discursos das alas mais radicais da política em países do 3º mundo, o imperialismo euro-estadunidense é uma realidade desde as Grandes Navegações, mas pela primeira vez há um cotraponto. China, com suas políticas econômicas de domínio, esta expandindo e controlando a África e a América Latina, basicamente as nações menores - no entanto, as grandes, como a Argentina e Brasil, bem discretamente fazem sinais.

February 07, 2022

FRANÇA: UM PAÍS DEPLORÁVEL

Todos sabem que a França é um país com profunda divergência com o Brasil. Ela costuma criar entraves internacionais ao nosso país, muitas vezes sobre uma bandeira de 'defesa da Amazônia', como gosta de bradar o 'Lacron', mas existe na verdade um receio com a competitiviidade brasileira com o setor primário que, embora seja pouco relevante no PIB galico, é historicamente notável.

No vídeo abaixo, da Sputnik, uma pequena explanação de como a França fracassou como potência de pacificação no Mali e abriu espaço para Moscou ganhar este país na sua esfera de influência militar, nas palavras do próprio govenno malinês.