October 30, 2022

O QUE É O BRASIL?

 Um país tropical futuramente governado por um ex-presidíario semi-analfabeto. Fim.

October 22, 2022

NOMENCLATURA DE MONTANHAS E SUA TRADUÇÃO

Uma pequena sinopse da nomenclatura e tradução para inglês de termos associados a relevo, usados nos blogs Brazil 2.0 e South America Angiosperms.

shield (escudo): grande regiões de terras altas, não necessariamente conexas; para o Planalto das Guianas, usa-se Guiana Shield.
 
table-mountain (chapada): grande região plana e alta soerguida de regiões adjacentes. 
 
mountain range (faixa de montanha): cadeia de montanhas agudas ou literalmente serradas, popular serra, sem grandes extensões planas, versão menor de cordilheiras, termo obsoleto no Brasil. 
 
massif: maciço, podendo ser uma serra inteira, ou um tepui.

casos particulares: Mount Bandeira sinônimo de Bandeira Massif ou Caparaó Mountain Range.

peak |summit: refere-se exatamente ao ponto de maior altitude.

casos particulares: Pico da Neblina termo dissolvido, posto como Mount Neblina, que é sinomimo de Neblina Mountain Range, parte do Imeri Highs, ou terras altas de Imeri, para enfatizar o destaque entre Serra da Neblina como uma porção da Serra do Imeri. Em outra palavras, Neblina Mountain Range é parte do Imeri Highs, que por sua vez é parte do Guiana Shield.

highs: terras altas, em porção plural (todas as terras altas de um lugar mesmo sendo disjuntas), ou uma formação única mas bem menor que um escudo, como Tumucumaque Highs.

October 17, 2022

OS BANDEIRANTES DO BRASIL

Demonizados por uns, idolatrados por outros, os bandeirantes foram essenciais para a construção do espaço geográfico brasileiro. Houveram várias dezenas de homens auto-intitulados ou classificados como tais, como escravocratas, exploradores, sertanistas, aventureiros, a grande maioria da região de São Paulo, mas alguns de outras partes da colônia, e tantos outros de Portugal. Abaixo, os 6 maiores bandeirantes de todos os tempos, na perspectiva do Vox Hub.


Fica aqui um registro deste controverso grupo, e num blog que enfatiza muito da geografia moderna brasileira, um reconhecimento do legado deste homens para a construção do Brasil como conhecemos.

October 15, 2022

QUAL O MAIOR RIO DO MUNDO?

Responder qual o maior rio do mundo é um questão de perspectiva e de definição, mais precisamente, ao que se considerar ser nascente e percurso de um rio. As fontes oscilam muito em aceitar qual seja, embora já se seja consenso que ou é o Amazonas (América do Sul) ou o Nilo (África).

Em primeiro lugar, façamos uma observação: quase todos os mega cursos de água do mundo recebem nomes especiais em partes de seus trechos. Baseando-se no princípio da geografia moderna de tomar um rio na sua extensão mais ampla de águas contínuas, acaba inevitável 'mudar' o percurso histórico de uma dado rio afim de tomá-lo pela sua dimensão mais ampla. É desa forma que os dois maiores rivais do mundo, o Amazonas e o Nilo, recebem vários nomes em partes do seu percurso:

a) Amazonas: Amazonas - Solimões - Ucayali - Tambo - Ene - Mantaro

b) Nilo: Nile - White Nile - Kagera - Nyabarongo - Mwogo - Rukarara

Nestes termos, o rio Nilo é maior, com 6.650 km, 250 km a mais que o Amazonas, e a pergunta deste post está respondida. Mas há um detalhe: As 5 porções do Amazonas são cursos d'água lineares consecutivas; já o Nilo, suas 4 porções iniciais estão a sul e sudeste do Lago Vitória, de forma que a contagem do comprimento do Nilo, com isso, não são trechos consecutivos, o que só faria sentido se contassem também o lago Vitória como parte do Nilo. A nascente do Nilo, ponto mais longíquo fazendo parte do fluxo do rio, via Wikipedia (VER) é a nascente do Rukarara, situado no oeste de Ruanda (VER), bem próxima à fronteira com o RD Congo.

Todas as principais fontes consideram esta porção desconexa como parte do Nilo; excluindo esta porção, o Nilo teria apenas 5.584 km (Sheppard Software), sendo tão somente o 5º da lista. A porção anterior ao Lago Vitória tem, por consequência, 1.066 km.

As porções senso strictu do Nilo em Uganda e no sul do Sudão do Sul são Nilo Vitória (atá o Lago Albert, 480 km, Brittanica), Nilo Albert (até a divisa com o Sudão do Sul, 210 km, Brittanica) e Nilo Montanhoso (até Juba, Brittanica); o trecho Malakal-Cartum tem c. 800 km (Brittanica).

October 14, 2022

TITAN

A nossa Lua é linda, fato. Mas, com plena certeza, o satélite natural mais imponente do sistema solar é Titan, de Saturno.

October 13, 2022

QUAL A MAIOR DOLINA DO BRASIL?

As dolinas são cavidades naturais a nível de solo em regiões carsticas (Cunha et al, Biota Neotrop., 2009), com gêneses variadas, mas sempres naturais; existem notáveis referências a cavidades de colapso, como recentemente reportadas no norte do Chile (G1) e em Oaxaca no México (Olhar Digital), mas estas parecem estar associadas a atividades humanas. A mais colossal dolina do mundo é a Xiaozhai Tiankeng, na região administrativa especial de Chongqing na China (Newsweek).

No Brasil as dolinas são fracamente estudadas. Ferreira e Uagoda (Revista Brasileira de Geografia Física, 2020) discutiram a literatura em dolinas no Brasil, tabelaram trabalhos que citam mais de 17 mil delas no país, a gritante maioria pequenas depressões no relevo. Muitos dos trabalhos levantados trazem caracterizações destas dolinas, sendo que dois são relevantes de análise neste texto: largura e profundidade. A pergunta que se faz é: qual a maior dolina do Brasil?

O levantamente bastante preliminar do Vox Hub na escassíssima literatura de rankings nacional permitiu listar três nomes fortes: Buracos das Araras, Jardim, Mato Grosso do Sul, citadas fartamente como a maior do Brasil (Wikipedia-PT); Lagoa Misteriosa, também em Jardim/MS; e Buracos das Araras/Dolina dos Maracanãs, em Formosa, Goiás. As duas primeiras são analisadas em Sallum Filho & Karmann (Revista Brasileira de Geociências, 2007), enquanto a segunda não foi encontrada em trabalhos acadêmicos, estando aqui embasada nos dados postos em Notas Geo (LINK, 2022).

Uma análise rápida permites descartar o Buraco das Araras/Jardim, pois ela tem abertura e profundidade menor que a Lagoa Misteriosa: 400m/200m ✕ 125m/70m, e 75m ✕ 60m, em ordem. Mais que isso, apesar da fama, o Buraco das Araras/Jardim é menor que o Buraco das Araras/Dolina dos Maracanãs, que tem 105m de profundidade e pelo menos 295m de largura.

LAGOA MISTERIOSA (ESQUERDA) E DOLINA DOS MARACANÃS (DIREITA)
Nestes termos, podemos considerar que a Lagoa Misteriosa é a maior dolina do país, ligeiramente maior que o Buraco das Araras/Dolina dos Maracanãs. No entanto, no sentido de representatividade cênica, apesar da imorredoura beleza da Lagoa Misteriosa, a segunda, por ser uma dolina seca com eccosistema florestal associado distinto dos arredores, é aqui tomada como a mais representativa; ou, como consenso, o Buraco das Araras/Dolina dos Maracanãs pode ser considerado a mais representativa dolina seca do Brasil. Contudo, ambas se conectam com cavidades subterrâneas em suas partes laterais ou inferiores.

October 12, 2022

EXPANSÃO TERRITORIAL DO BRASIL

Um sumário detalhado de todoas as ocorrências no mapa do Brasil desde a chegada dos europeus. Foram 12 tratados (Tordesinhas, Lisboa, Utretch I, Utretch II, Lisboa, Madrid, Santo Idelfonso, El Pardo, Badajóz, Viena, Rio de Janeiro e Ayacucho), 8 badneirantes citados (Antônio Macedo, Domingos Luís Grau, Nicolau Barreiro, Manuel Preto, Belchior Dias Carneiro, Bartholomeu Bueno da Silva, Raposo Tavares e Jacques Félix) e 4 metrópoles na disputa: Portugal, Espanha, Holanda e França.

1500

1534 - formação das capitanias hereditárias delimitadas pelo Tratado de Tordesilhas.

1555 - invasão francesa no Rio de Janeiro: França Antártida.

1556 - criação da Capitania de Itaparica, a partir da Bahia de Todos os Santos.

1566 - criação da Capitania de Paraguaçu, a partir da Bahia de Todos os Santos.

1567 - criação da Capitania do Rio de Janeiro, a partir da do setor norte de São Vicente.

1572 - divisão das colônias portuguesas em setor norte e sul (Maranhão e Brasil).

1574 - criação da Capitania da Paraíba, a partir da de Itamaracá.

1575 - expulsão dos franceses do Rio de Janeiro.

1580 - a coroa portuguesa e espanhola são unificadas: União Ibérica põe fim no Tratado de Tordesilhas.

1590 - criação da Capitania do Sergipe del-Rei, a partir da Bahia de Todos os Santos.

1593 - bandeira de Antônio Macedo e Domingos Luís Grau, de São Vicente, percorre a margem leste do Rio Tocantins até a área atual do estado de mesmo nome. Por causa dessa exploração, que definiu o alcance vicentino, o limite das demais capitanias poderia ser traçado até ela, ao menos em termos de reivindicação.

1599 - as capitanias do Maranhão, Ceará e Rio Grande são unificadas como Capitania do Rio Grande. "Paulistas", em terras de Santo Amaro, exploram a margem esquerda do Rio Tietê, a partir da cidade de Itavuvu (futuramente Sorocaba).

1600

1602 - bandeira de Nicolau Barreiro atinge o Rio Paraná, o Rio Paraguai e terras da atual Bolívia.

1607 - bandeira de Manuel Preto e de Belchior Dias Carneiro exploram o Sul do Brasil.

1611 - criação da Capitania do Siará a partir da do Rio Grande.

1612 - invasão francesa no Maranhão, na Capitania do Siará: França Equinocial. Os franceses, de fato, exploraram a área até o Rio Tocantins, no Sul.

1616 - expulsão dos franceses. Criação da Capitania do Maranhão e da Capitania do Grão-Pará.

1619 - extinção da Capitania de São Tomé, incorporada pela Capitania do Rio de Janeiro.

1621 - criação do Estado do Maranhão, composto pelas Capitanias do Siará, do Maranhão e do Grão-Pará. Criadas também as "sub-capitanias" do Mearim e do Itapicuru, na Capitania do Maranhão. Entradas de Bento Maciel Parente, pelo Rio Xingu, de Francisco de Azevedo, pelos sertões do Turi e do Gurupi, expandem o território do Grão-Pará.

1622 - entrada de Luiz Aranha de Vasconcelos explora o sul do atual Amapá, ampliando os domínios da Capitania do Grão-Pará.

1624 - criação da "sub-capitania" do Cumã. A Capitania de São Vicente incorpora a de Santo Amaro e a de Santana. Alijada do controle da Capitania de São Vicente, a Condessa do Vimieiro, Mariana de Souza Guerra, estabelece a Capitania de Itanhaém. Há entendimentos que São Vicente e Itanhaém foram uma mesma capitania. 

1630 - invasão holandesa na Capitania de Pernambuco.

1632 - bandeira de Bartholomeu Bueno da Silva desbrava a região do Triângulo Mineiro e margem esquerda do Rio São Francisco. Bandeiras de Raposo Tavares e Manuel Preto conquistam o "Mato Grosso do Sul", destruindo missões espanholas. O Grão-Pará domina a margem direita do Rio Xingu.

1633 - criação das "sub-capitanias" do Gurupá e do Cametá, na Capitania do Grão-Pará. Bandeira de Raposo Tavares invade a zona costeira do "Rio Grande do Sul".

1634 - holandeses tomam as capitanias do Rio Grande e da Paraíba. Criação da "sub-capitania" do Caeté, entre o Grão-Pará e o Maranhão. Bandeirantes vicentinos exploram o "Mato Grosso".

1635 - holandeses invadem a Capitania do Siará. Com a instituição da Freguesia de Ubatuba, a Capitania de Itanhaém avança no Vale do Paraíba. A região de Angra dos Reis e Paraty são assumidas por São Vicente (ou mesmo Itanhaém).

1637 - holandeses conquistam a Capitania do Sergipe del-Rei. Criação da "sub-capitania" do Cabo Norte, no Grão-Pará (atual Amapá). A entrada de Pedro Teixeira explora a região amazônica quase que inteira, funda Franciscana na altura do Peru, e declara as terras propriedades do Estado do Maranhão.

1638 - a República do Guairá (atual Oeste Paranaense), composta de espanhóis, jesuítas e índios, é destruída pela Bandeira de Raposo Tavares, e a região é incorporada à São Vicente. Outras missões, ao sul, também são destruídas e incorporadas.

1640 - fim da União Ibérica (ao menos, por parte dos portugueses).

1641 - holandeses invadem a Capitania do Maranhão e dominam a costa da região até a foz do Rio Mearim.

1644 - holandeses são expulsos da costa do Maranhão.

1645 - criação da "sub-capitania" de Vigia, no Grão-Pará.

1648 - bandeira de Jacques Félix, que adentrou em "Minas Gerais" em 1946, partindo de Taubaté, toma as regiões nunca exploradas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro para a Capitania de Itanhaém. Recriadas as "sub-capitanias" de Cumã, Mearim e Itapicuru, no Maranhão.

1652 -o Estado do Maranhão é dissolvido. Bandeira de Raposo Tavares, que viajara às terras do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bolívia, Peru (chegou ao Pacífico) e Amazônia (foz do Amazonas), retorna a São Paulo e acrescenta a região de Rondônia à São Vicente.

1654 - holandeses são expulsos do nordeste brasileiro. É formado o Estado do Maranhão e Grão-Pará. São recriadas as capitanias de Pernambuco, Itamaracá e Rio Grande. Paraíba é uma capitania subalterna à Pernambuco e Ceará subalterna ao Maranhão

1656 - criação da Capitania de Paranaguá, ao sul do Rio Paranapanema.

1659 - a Capitânia do Ceará (e a região praticamente inexplorada do Piauí) passam para o controle da Capitania de Pernambuco. O Piauí será explorado por Domingos Jorge Velho, em 1671, sob essa gestão.

1665 - criação da Capitania de Ilha Grande de Joanes, atual Ilha do Marajó, no Grão-Pará.

1667 - sob ordens do governador de Pernambuco, exploradores e colonos, como Mafrense, Julião Afonso Serra e outros se assentam em Oeiras, até então em área cearense, expandindo o domínio pernambucano do Rio Parnaíba até a Serra do Araripe.

1674 - criação da Capitania do Paraíba do Sul, também conhecida como Capitania de Campos dos Goytacazes, atual região norte do Estado do Rio de Janeiro.

1679 - praticamente toda a Capitania de Itanhaém é incorporada pela de São Vicente. Apenas a cidade originária mantém o "status" de capitania - e até sobre isso há controvérsias.

1680 - fundação da Colônia do Sacramento, no Rio da Prata.

1680 - cs espanhóis retomam as terras de Sacramento.

1681 - Tratado de Lisboa: Os portugueses reconquistam Sacramento.

1685 - criação da "sub-capitania" do Xingu e extinção da "sub-capitania" de Vigia, ambas no Grão-Pará.

1691 - criação da "sub-capitania" do Icatu, no Maranhão.

1696 - Pernambuco avança em terras do Ceará com a ocupação da região de Campo Maior.

1697 - invasão francesa nas terras da "sub-capitania" do Cabo Norte, que perde a região compreendida entre o Rio Oiapoque e o Rio Araguari.

1699 - Pernambuco avança sobre o Ceará ocupando a região de Parnaíba.

1700

1701 - a Capitania do Rio Grande perde autonomia e passa a ser controlada pela Capitania de Pernambuco.

1705 - os espanhóis mais uma vez tomam a Colônia do Sacramento.

1709 - após a Guerra dos Emboabas, a Capitania de São Vicente engloba a do Paranaguá e se torna a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro (auge da expansão bandeirante, agora paulista).

1713 - I Tratado de Utrecht: O Grão-Pará reconquista o território do norte do Amapá junto aos franceses.

1715 - II Tratado de Utrecht: Colônia do Sacramento é reconquistada pelos portugueses. A Capitania do Maranhão engloba as terras do futuro Estado do Piauí.

1718 - criação da Capitania do Piauí, no Estado do Maranhão e Grão-Pará.

1720 - a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro é dividida em São Paulo e Minas Gerais.

1732 - a Capitania do Paraguaçu é convertida em Capitania do Recôncavo Baiano.

1738 - criação da Capitania de Santa Catarina, destacada de São Paulo e subordinada diretamente à Capitânia do Rio de Janeiro.

1748 - criação da Capitania do Mato Grosso e da Capitania de Goiás, de terras antes de São Paulo. A Capitania de São Paulo é extinta, incorporada pela do Rio de Janeiro.

1750 - Tratado de Madrid (primeiro tratado internacional de reconhecimento de fronteiras do Brasil, após o fim da União Ibérica) concede terras ocupadas por portugueses na Amazônia, como também cede os Sete Povos das Missões e terras dos pampas gaúchos ao Brasil. Extinção da Capitania do Paraíba do Sul, incorporada pela do Rio de Janeiro.

1751 - o Estado do Maranhão e Grão-Pará muda de nome. Agora, Estado do Grão-Pará e Maranhão, com transferência de capital para Belém.

1753 - as "sub-capitanias" do Grão-Pará e Maranhão são extintas, com exceção da de Ilha Grande e de Cametá. A Capitania da Paraíba também chega ao fim, incorporada totalmente pela de Pernambuco. As terras da antiga Capitania do Paraíba do Sul passam a fazer parte da do Espírito Santo.

1754 - extinção das "sub-capitanias" de Ilha Grande e do Cametá. A Capitania de Itamaracá perde a autonomia e passa a ser comandada pela de Pernambuco.

1755 - criação da Capitania do Rio Negro, no atual Amazonas.

1757 - a região de Minas Novas deixa a Capitania de Porto Seguro e passa a ser controlada pela Capitania de Minas Gerais.

1760 - criação da Capitania do Rio Grande de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, subalterna à Capitania do Rio de Janeiro.

1761 - Tratado de El Pardo: Os portugueses devolvem os Sete Povos das Missões após a Guerra Guaranítica em troca da posse da Colônia do Sacramento e terras ao norte da Amazônia. As capitanias de Ilhéus e de Porto Seguro são extintas, incorporadas à da Bahia.

1762 - os espanhóis não se importam com o tratado do ano anterior e reconquistam Sacramento.

1763 - os portugueses investem novamente e retomam a Colônia do Sacramento dos espanhóis. A Capitania de Itamaracá é extinta, absorvida totalmente pela de Pernambuco.

1764 - a Capitania de Minas Gerais incorpora terras do atual Estado de São Paulo à oeste do Rio Sapucaí e Rio Grande.

1765 - a Capitania de São Paulo é recriada, obtendo a autonomia perdida para o Rio de Janeiro. A Capitania de Minas Gerais passa a controlar a região de Paracatu (noroeste do atual estado) provavelmente a partir dessa data (a transição não tem data certa conhecida, mas é sabido que, em 1798, Paracatu se emancipou de Sabará, cidade mineira)..

1766 - a Capitania do Recôncavo Baiano é extinta, incorporada pela da Bahia.

1772 - o Estado do Grão-Pará e Maranhão é dividido em dois: Estado do Grão-Pará e Rio Negro e Estado do Maranhão e Piauí, com essas respectivas capitanias.

1774 - ambos os estados recém-criados mudam de nome: Estado do Grão-Pará e Estado do Maranhão. As capitanias perdem autonomia.

1777 - espanhóis invadem e conquistam, primeiro a ilha da atual Florianópolis, e depois toda a Capitania de Santa Catarina.

1777 - Tratado de Santo Idelfonso: confirmação das fronteiras do norte e cessão das Missões, dos Pampas e de Sacramento aos Espanhóis, em troca do retorno de Santa Catarina aos portugueses, no ano seguinte.

1778 - Tratado de El Pardo: A Capitania do Rio Grande de São Pedro readquire as terras dos pampas gaúchos, cedidas no ano anterior. A Capitania de Santa Catarina é retornada aos portugueses

1793 - extinção da Capitania da Ilha de Itaparica, incorporada pela Capitania da Bahia.

1799 - as Capitanias do Ceará, Rio Grande e Paraíba são recriadas ou readquirem a autonomia.

1800

1800 - a Capitania do Espírito Santo perde autonomia e passa a ser comandada pela Capitania da Bahia.

1801 - Tratado de Badajoz: os franceses adquirem o território do atual Amapá até o Rio Araguari.

1804 - a Capitania do Rio Grande de São Pedro incorpora, de vez, as terras das Missões e áreas ao sul até o Rio Uruguai.

1807 - a Capitania do Rio Grande de São Pedro se torna a Capitania do Rio Grande do Sul e controla também a Capitania de Santa Catarina. A Capitania do Rio Grande se torna a Capitania do Rio Grande do Norte.

1808 - o Grão-Pará reincorpora territórios no Amapá até o Rio Oiapoque e a área norte de Goiás se torna a Capitania de São João das Duas Barras.

1809 - o Brasil invade a Guiana Francesa e estabelece a Colônia de Caiena e Guiana.

1810 - a Capitania do Espírito Santo recupera a autonomia perdida para a da Bahia.

1811 - o Estado do Maranhão é dissolvido e as Capitanias do Maranhão e Piauí recuperam autonomia.

1814 - a Capitania de São João das Duas Barras é extinta e reincorporada à Goiás (e Grão-Pará e Mato Grosso).

1816 - Goiás perde áreas que são incorporadas pelo Mato Grosso e por Minas Gerais (Triângulo Mineiro).

1817 - Tratado de Viena: O Brasil devolve Caiena aos franceses. Criação da Capitania de Alagoas a partir de terras de Pernambuco.

1820 - a Capitania de Sergipe é criada a partir de terras da Bahia.

1821 - o Brasil incorpora a Cisplatina, ao sul. O Estado do Grão-Pará é dissolvido, tornando-se uma única entidade. Santa Catarina obtém a autonomia do Rio Grande do Sul.

1821 - por um breve período, é proclamada a Capitania de São João da Palma, na área do atual Tocantins e adjacências. Todas as capitanias se toram províncias.

1822 - São João da Palma é extinta e a área é incorporada por Goiás (Grão-Pará e Mato Grosso também).

1824 - após a revolta da Confederação do Equador, Pernambuco é punido com a perda dos territórios da margem oeste do Rio São Francisco para a Província de Minas Gerais.

1827 - a Província da Bahia incorpora boa parte dos territórios da margem oeste do Rio São Francisco (futura Comarca do São Francisco).

1828 - Tratado do Rio de Janeiro: A Província Cisplatina obtém a independência como República Oriental do Uruguai.

1832 - a Província do Rio de Janeiro obtém, do Espírito Santo, a região norte do atual estado carioca.

1834 - criação do Município Neutro do Rio de Janeiro, dentro da Província do Rio de Janeiro.

1836 - Revolução Farroupilha, o Rio Grande do Sul se proclama independente. Isto não quer dizer que o Brasil tenha reconhecido essa independência. 

1839 - República Juliana, Santa Catarina se proclama independente. Isto não quer dizer que o Brasil tenha reconhecido essa independência.

1839 - Santa Catarina é reincorporada pelo Brasil como uma província.

1840 - Rio Grande do Sul é reincorporado pelo Brasil como uma província.

1850 - a Província do Grão-Pará se reparte em Província do Amazonas e Província do Pará.

1853 - a Província do Paraná é criada ao sul da Província de São Paulo.

1867 - Tratado de Ayacucho: Brasil reconhece o Acre como terra boliviana e em troca recebe o sudoeste do Amazonas e áreas fronteiriças no Mato Grosso. Sobre o Oeste Catarinense: constam mapas como sendo terra paranaense até 1866 e catarinense já em 1878. Na verdade, a região se encontrava em litígio, cada estado considerava seu (até a Argentina reivindicava o local), até o fim da Guerra do Contestado, em 1916.

1870 - com o fim da Guerra do Paraguai, o Brasil incorpora o Itatim paraguaio, no atual Mato Grosso do Sul. A região de Luis Correia deixa o Piauí e passa ao território do Ceará.

1872 - .fronteiras de Mato Grosso/Goiás, Minas Gerais/Espírito Santo; e Mato Grosso/Pará/Amazonas atualizadas de acordo com o IBGE.

1880 - a região de Crateús deixa o Piauí e adentra ao Ceará e a área de Luís Correia deixa o Ceará e volta ao Piauí.

1886 - o Brasil perde a zona norte do atual Amapá com a proclamação da República de Cunani.

1887 - o Brasil recupera a zona norte do atual Amapá.

1889 - o Município Neutro do Rio de Janeiro se torna o Distrito Federal com a proclamação da República do Brasil.

1895 - a França invade a área norte do atual Amapá para por fim a República de Cunani. A arbitragem norte-americana decide que a região do Contestado Catarinense é Brasileira (desde a queda de Guairá, sempre foi, apesar do litígio).

1900

1900 - arbitragem suíça decide que a área norte do atual Amapá é brasileira.

1903 - o Acre é incorporado pelo Brasil como um território federal.

1911 - a região do Alto Araguaia agora é parte do Mato Grosso (a data de transferência é incerta).

1916 - a região do Contestado Paranaense/Catarinense passa a ser, definitivamente, de Santa Catarina.

1943 - por causa da Segunda Guerra Mundial são criados os territórios do Amapá, Rio Branco (atual Roraima), Guaporé (atual Rondônia), Ponta Porã (sul do Mato Grosso) e Iguaçu (Oeste do Paraná e Santa Catarina).

1946 - os territórios de Ponta Porã e Iguaçu são extintos, reincorporado aos estados de origem.

1948 - o litígio fronteiriço entre Minas Gerais e Espírito Santo se agrava e eclode um confronto militar.

1956 - o Território do Guaporé se torna o Território de Rondônia.

1960 - criação do atual Distrito Federal. O antigo se torna o Estado da Guanabara.

1962 - Acre e Amapá deixam a condição de territórios e se tornam estados. O Território de Rio Branco se torna o Território de Roraima.

1963 - fim do litígio fronteiriço entre Minas Gerais e Espírito Santo.

1975 - o Estado da Guanabara é extinto e incorporado pelo Estado do Rio de Janeiro (lei aprovada em 1974).

1979 - criação do Estado do Mato Grosso do Sul a partir do Mato Grosso (lei aprovada em 1977).

1981 - o Território de Rondônia se torna o Estado de Rondônia.

1988 - o Território de Roraima se torna o Estado de Roraima. Criado o Estado do Tocantins.

October 11, 2022

NÁDEGAS A DECLARAR

Eis que se encontra na internet (VEJA LINK COMPLETO), em um artigo de opinão postado em 06/10/2021:

"(...) O Brasil é um caso perdido porque os brasileiros, em sua ampla maioria, são um caso perdido. É uma gente, via de regra, infelizmente, tosca, completamente ignorante, despolitizada, desinteressada, intelectualmente preguiçosa e, sim!, leniente com crimes e criminosos, e cúmplice de políticos bandidos.

Claro. Eu conheço as razões de tudo isso: falta de escolaridade, pobreza extrema, etc. Compreendo muito bem a situação de quem trabalha, de sol a sol, e mal consegue sobreviver. O que escrevo acima não é uma condenação ou crítica, mas a nua e crua constatação dos fatos e da realidade nacional. (...)".

Nádegas a declarar.

October 10, 2022

DERMATÓFITOS E SUA INTERAÇÃO

Um belo texto sibre a interação patógeno-hospedeiro e resistência a antifúngicos de dermatófitos em humanos é o de Peres NTA, Maranhão FCA, Rossi A, Martinez-Rossi NM (An. Bras. Dermatol., 2010).

October 06, 2022

ELEIÇÕES 2022

Um pouco dos números das eleições 2022.